Adolf Hitler, líder do Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores e governante da Alemanha de 1933 a 1945, é amplamente conhecido por seus discursos inflamados, suas políticas brutalmente repressivas e seus crimes contra a humanidade. No entanto, poucos sabem que ele era um ávido colecionador de arte. Essa paixão pelo mundo da arte era uma das únicas coisas que ele deixava transparecer sua personalidade.

Hitler sempre teve uma relação muito forte com a arte. Desde sua chegada em Viena, em 1908, ele se interessou pelo mundo das artes e iniciou sua coleção de obras de arte. Ele já havia coletado de tudo, desde fotografias antigas até pinturas modernistas em sua busca pela arte pura que representasse a beleza do povo alemão.

O óleo sobre tela, em particular, era sua forma de arte preferida. Ele era conhecido por seu amor por artistas como Franz von Stuck, Hans von Marees e Paul Zep, todos pintores alemães do fim do século XIX. Hitler acreditava que esses artistas eram capazes de capturar a essência do espírito alemão por meio de seus trabalhos expressivos. Ele acreditava que a arte era central à identidade alemã e que era parte de sua responsabilidade, como líder do povo alemão, promover e preservar as tradições artísticas.

Em sua busca pela arte, Hitler contratou compradores dedicados às compras de peças de arte da qual ele se interessava. Esses compradores se esforçaram para obter obras que estivessem em coleções privadas de proprietários judeus alemães, sabendo que a crueldade com esse grupo era inevitável. A compra dessas coleções privadas de arte permitiu a Hitler construir uma coleção massiva e altamente valiosa.

Hitler esperava um dia estabelecer um Museu de Artes em sua cidade natal, Linz, na Áustria. Ele visitou a cidade em 1909 e se apaixonou pelo enorme esplendor do horizonte e pelo cenário pastoral da cidade. Ele estava decidido a transformar Linz em um centro artístico para rivalizar com Paris e Roma, e ofereceria seu museu como uma plataforma para a apresentação das valiosas obras de arte que adquiriu.

No entanto, o início da Segunda Guerra Mundial interrompeu esses planos, e a grande maioria das obras de arte de Hitler foram perdidas. Depois que os Aliados capturaram o retiro dos Alpes de Hitler em Berchtesgaden, eles descobriram uma série de túneis que protegiam milhares de obras de arte roubadas de coleções privadas de todo o mundo. O destino desses trabalhos é desconhecido até hoje.

A paixão de Hitler pela arte pode ter sido uma das coisas mais chamativas de sua personalidade. Isso, no entanto, não a desculpa pelas atrocidades que cometeu. A busca pela arte deveria ser feita sem crueldade e apreciação pelo trabalho dos artistas. O amor pela arte não deve ser anexado a nenhuma ideologia, e as obras de arte não devem ser usadas como ferramenta política.